Pérolas de Sabedoria

segunda-feira, junho 20, 2011

ALGUMAS DEFINIÇÕES ...

Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: É alguém que fica para ajudar, quando todos se afastam.

Caridade: É quando estamos com fome, só temos uma bolacha e repartimos.

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar à nossa frente e estando apressados não reclamamos.

Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inimizade: É quando empurramos a linha do afecto para bem distante.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

Mágoa: É um espinho que colocamos no coração e nos esquecemos de retirar.

Orgulho: É quando somos apenas uma formiga e queremos convencer os outros de que somos um elefante.

Perdão: É uma alegria que sentimos e que pensávamos que jamais a teríamos.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados reconhecemos quem nos faz feliz.

Pessimismo: É quando perdemos a capacidade de ver em cores.

Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e pedimos um rio inteiro.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: É quando abdicamos da nossa essência por outra, geralmente pior.

segunda-feira, junho 13, 2011

PARA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?

Algumas pessoas mantêm relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.
Todas estas razões são erradas, são uma armadilha para o futuro.
Uma relação tem que servir para se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar.
Uma relação tem que servir para ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale a televisão nova, enquanto você prepara uma omolete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois se abrirem para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.



"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".

quinta-feira, junho 09, 2011

SER SENSÍVEL

Ser sensível neste mundo requer muita coragem. Todos os dias. Este jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir o valor do sentimento alheio, tão claro no próprio coração e tantas vezes até doer ou sorrir junto com toda a sinceridade. Essa sensação, de vez em quando, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio E.T., uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Esta intensidade toda em tempo de tão pouca ternura entre as pessoas. Este amor tão vivido numa altura em que a maioria parece se assustar mais com o afecto do que com a indelicadeza. Este cuidado espontâneo com os outros. Esta vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Este melindre de ferir de propósito.
Ser sensível neste mundo requer muita coragem. Muita. Todos os dias. Os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar a sorrir. Para toda a gente, para toda a vida.
Eu já tentei ser diferente, para não me envolver, para não sofrer, mas não tem jeito, só consigo ser como sou!

quarta-feira, junho 01, 2011

SER CRIANÇA

Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias, sorrisos e brincadeiras.
Ser criança é comer algodão doce e lambuzar-se.
Ser criança é acreditar num mundo cor de rosa, cheio de pipocas.
Ser criança é olhar e não ver o perigo.
Ser criança é sorrir e fazer sorrir.
Ser criança é chorar sem saber porquê.
Ser criança é querer ser feliz.
Ser criança é esconder-se para nos deixar preocupados.
Ser criança é errar e não assumir o erro.
Ser criança é pedir com os olhos.
Ser criança é derramar uma lágrima para nos deixar sensibilizados.
Ser criança é isso e muito mais.
É ensinar-nos que a vida, apesar de difícil, pode tornar-se fácil com um simples sorriso.
É ensinar-nos que criança só quer carinho e afecto.
É ensinar-nos que, para sermos felizes, basta apenas olharmos para uma criança
Ser criança é acreditar que tudo é possível.
É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco.
É tornar-se gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos.
Ser criança é fazer amigos antes de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser.