Pérolas de Sabedoria

terça-feira, maio 31, 2005

ARRISCAR É VIVER

Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor o seu verdadeiro eu.
Expor suas idéias e sonhos em público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer.
Ter esperança é arriscar-se a sofrer uma decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, nada fazem, nada são.
Podem estar a evitar o sofrimento e a tristeza, mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas, abrem mão da sua liberdade.
Só a pessoa que arrisca é livre...
Arriscar é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a vida....

segunda-feira, maio 30, 2005

IDADE DE SER FELIZ

Existe somente uma idade para a gente ser feliz.
Somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos,
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e disfrutar tudo
com toda a intensidade,
sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança,
e vestir-se com todas as cores,
e experimentar todos os sabores,
e entregar-se a todos os amores,
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem,
que todo o desafio é mais um convite à luta,
que a gente enfrenta com toda a disposição
de tentar algo novo, de novo e de novo,
e quantas vezes fôr preciso

Essa idade, tão fugaz na vida da gente, chama-se presente
e tem a duração do instante que passa.

quarta-feira, maio 18, 2005

DIA ESPECIAL

Ter um filho é uma grande responsabilidade, mas também uma grande alegria.
A enorme responsabilidade de responder por uma vida tem como contrapartida a espantosa e permanente redescoberta da magia deslumbrante de sermos o centro do mundo para alguém. Aos olhos do nosso filho, desde que nasce e durante bastante tempo, nós somos o sol, a lua e as estrelas. Temos o poder absoluto, é enternecedor como pode existir uma tão plena confiança, tão grande entrega. Aos seus olhos podemos tudo: dar conforto, tirar a dor, fazê-lo rir, fazê-lo sentir bem e amado. E ele sente que lhe damos, sobretudo, segurança. A confiança de que o mundo não mete medo porque estamos ali, nós somos o seu escudo contra tudo o que assusta e é mau. E depois o milagre de, dia a dia, assistir à compreensão a desabrochar, a inteligência, a autonomia, a oposição. Crescer. O cortar do cordão umbilical da dependência, mas ficar ainda mais forte e sólido, outro cordão, o do afecto. O sentir que não “precisa” de nós, que já é capaz por si mesmo de tudo mas que está ligado a nós por afecto, por amor, por carinho. É a única pessoa para quem somos, de facto, muito importantes. Não porque dependa de nós, mas porque nos ama. E isso inunda-nos de prazer, o prazer mais autêntico, mais puro, mais forte que existe.O meu filho faz anos hoje.
O sol, para mim, nasceu com ele. Parabéns, meu querido.

terça-feira, maio 17, 2005

DAR VALOR ÀS COISAS

Só sabemos o valor que uma pessoa tem na nossa vida quando nos imaginamos longe dela.
Só sabemos o valor de uma mensagem, quando esperamos por ela e ela parece que nunca chega.
Só sabemos o valor de um olhar, de um sorriso, quando deixamos de recebê-los.
Só sabemos o valor de um amor, quando sentimos o nosso coração vazio.
Só sabemos o valor de um sonho, quando percebemos que é impossível torná-lo realidade.
Há coisas que se perdem nem sabemos bem porquê! Quando as perdemos reconhecemos finalmente o valor que tinham na nossa vida.
Por isso devemos aproveitar a cada minuto as pessoas que amamos, as mensagens que recebemos, os olhares, os sorrisos, o nosso amor, os nossos sonhos, e, principalmente, viver e dar valor à vida.

segunda-feira, maio 16, 2005

FALTA DE TEMPO

Viver é uma dádiva. Acordar todos os dias de manhã, fazer planos, sentir emoções, é inigualável. E o que é que as pessoas fazem das suas vidas? O que fazem em concreto para aproveitar melhor o tempo? De que adianta trabalhar incessantemente se não tivermos tempo para desfrutar? A nossa sociedade valoriza o “sucesso”, mesmo sem ter uma noção do que isso significa em termos de ganhos e perdas pessoais. Quando uma história de sucesso é relatada, geralmente mencionam-se apenas as partes boas.
As dificuldades, os desgastes, as noites sem dormir, o tempo de afastamento da família, dos amigos, são deixados de lado.
Isso justifica muitas pessoas acreditarem que alcançar o tal "sucesso" é um caminho a ser percorrido fácil e tranquilamente. Tudo que na realidade não é! E o que se segue muitas vezes depois dessa dolorida descoberta é a frustração e a falta de motivação.
Nessa busca incessante pelo sucesso, muitas pessoas acabam por perder ou deixar para trás os seus sonhos e propósitos de vida. Acabam por renunciar e deixar em segundo ou em último plano algo a que se chama de Qualidade de Vida.
Nenhuma busca pelo sucesso justifica abandonar os amigos, não ter tempo para a família, deixar de acompanhar o crescimento de um filho, ou de dar atenção à pessoa que amamos. Devemos buscar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. E dizer que é impossível, é apenas uma desculpa, para quem na verdade não possui métodos.
Trabalhar é necessário. Vencer na vida, conquistar o sucesso profissional pelos nossos méritos e esforço é extremamente gratificante. Mas nunca nos podemos esquecer que o equilíbrio é essencial. Não podemos esperar o fim da vida para descobrir o que de facto é importante e essencial para sermos felizes.

sábado, maio 14, 2005

A URGÊNCIA DE VIVER

A matemática da vida não é simples. Cada soma é também uma subtracção. Quando somamos mais um ano àqueles que já vivemos, subtraímos um ano aos que nos restam para viver e aí percebemos que o tempo voa e a vida passa. Nesse momento sentimos a urgência de viver.
Mas a verdade é que esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.
Lamentamos que a vida é curta, mas esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para colocar de lado os rancores que devem ser esquecidos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para sermos pais dos nossos filhos pequenos ... e é tão depressa que a vida os faz crescer e irem embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos, esperamos demais para ler livros, ouvir músicas, enriquecer nosso espírito e expandir a nossa alma, esperamos demais para demonstrar amor!
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco.

sexta-feira, maio 13, 2005

O PRIMEIRO AMOR

É fácil saber se um amor é o primeiro ou não. Se admite que possa ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último amor. O primeiro amor ocupa o amor todo.
Nunca se percebe bem porque razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal só porque acaba.
O primeiro amor ocupa tudo. É inobservável. É difícil sequer reflectir sobre ele. O primeiro amor leva tudo e não deixa nada.
Diz-se que não há amor como o primeiro e é verdade. Há amores maiores, amores melhores, amores mais bem pensados e apaixonadamente vividos. Mas não há amor como o primeiro. É o único que estraga o coração e que o deixa estragado.
Atiramo-nos ao nosso primeiro amor sem pensar onde vamos cair ou de onde saltamos. Saltamos e caímos. Há amores melhores, mas são amores cansados, amores que já levaram na cabeça, amores que sabem dizer “Alto- e-pára-o-baile”, amores que já dão o desconto, amores que já têm modo de se magoarem, amores democráticos, que discutem e debatem.
Não há regras para gerir o primeiro amor. Se fôsse possível ser gerido, ser previsto, ser agendado, ser cuidado, não seria primeiro. A única regra é: não pensar, não resistir, não duvidar. Como acontece em todas as tragédias, o primeiro amor sofre-se principalmente por não continuar. Anos mais tarde, ainda se sonha retomá-lo, reconquistá-lo, acrescentar um último capítulo mais feliz. Mas não pode ser. O primeiro amor é o único milagre da nossa vida.
É por ser irrepetível que o primeiro amor não se esquece. O primeiro amor deveria ser o primeiro a esquecer-se, mas toda a gente sabe, durante o primeiro amor ou depois, que é sempre o último.
O primeiro amor prepara-nos para sermos felizes, limando arestas, queimando energias, tornando-nos mais “inteligentes”.
É por isso que o primeiro amor fica com a metade mais selvagem e inocente de nós. Seguimos caminho para outros amores, mais suaves e civilizados, menos exigentes e mais compreensivos. Será por isso que o primeiro amor nunca é o único? Que lindo seria se fosse mesmo. Só para que não houvésse outro.

quarta-feira, maio 11, 2005

A MORTE E A SAUDADE

Ao falar na morte, falamos inevitavelmente na saudade que sentimos de alguém que partiu. As horas parecem dias, os dias parecem semanas e, de repente, ao olharmos para o calendário, verificamos que passaram longos anos. Manteve-se inalterável a lembrança do perfume, do gesto, do sorriso. O tempo não apaga, mas aconchega a dor. Arranja-lhe um cantinho ao fundo do peito. E, nesse cantinho, a recordação permanece viva, iluminada, até ao fim da nossa vida. De vez em quando, tem que se arranjar mais espaço para que se consigam acomodar outras dores. Desarruma-se tudo, volta-se a mexer em todo o passado que se esconde na recordação de um desgosto vivido, de uma perda sofrida. A morte unifica-nos. Perante ela, sentimo-nos infinitamente pequenos e tudo se relativiza. Que interessam os problemas profissionais? Que importa não podermos ir ao Brasil no final do ano? O que separa a vida da morte não passa de uma frágil linha que a todo o momento ameaça quebrar-se. Por muito que queiramos arranjar airbags emocionais, face à perda, o único caminho é viver o luto. Entristecemo-nos, choramos, achamos que a vida perdeu todo o sentido. Cada pessoa vive a morte à sua maneira, sendo que a dor não tem, na sua essência, grandes diferenças. A manifestação da dor é que difere. A dor pode ser vivida no silêncio, como algo só nosso que não queiramos partilhar com mais ninguém. Algumas pessoas, perante a notícia da morte de outros (sobretudo quando falamos de alguém muito próximo como filhos ou pais), dizem “eu não aguentava”, como se, de algum modo, apontássem o dedo a todos aqueles que perante essas perdas conseguiram arranjar força para continuar a viver. Costumo perguntar-lhes que alternativa teriam, certa que um ser humano aguenta a maior parte dos sofrimentos, sobrevive às maiores arguras que a vida lhe reserva. Certo é que um dia a ferida transforma-se em cicatriz. Aprendemos a conviver com a dor. Voltamos a conseguir sorrir e, com frequência, passamos a dar mais valor às pequenas coisas. Pensamos com carinho nos amigos que nos ajudaram a ultrapassar os momentos difícies. Espantamo-nos com a frieza de alguns que considerávamos próximos e com a delicadeza de outros com quem nem sequer pensávamos poder contar. A morte tem destas coisas. A realidade dá-nos uma estalada, e das duas uma, ou nos tornamos mais fortes apesar das cicatrizes emocionais, ou sucumbimos perante ela. Não existe terceira hipótese.

terça-feira, maio 10, 2005

O PODER DE TER E DAR

As únicas coisas que podemos ter de verdade são aquelas que somos capazes de dar. Aquilo que não somos capazes de dar só nos aprisiona. Nós só sabemos realmente algo quando somos capazes de o ensinar. Nós só conhecemos o Amor quando somos capazes de o trasmitir. Nós só conhecemos a Felicidade quando conseguimos levá-la aos outros. Só seremos ricos quando acrescentarmos valor à vida dos outros. Isto não que dizer que tenhamos que dar tudo o que temos, mas, acima de tudo, é a habilidade e diposição para dar que nos traz tudo isto. Conseguem imaginar algo mais miserável que ter tudo no mundo e não ter com quem dividir? O que quer que a gente esteja a esconder do mundo - as nossas habilidades, os nossos pensamentos, a nossa paixão, o nosso conhecimento, o nosso entusiasmo, a nossa coragem - estamos a esconder de nós mesmos. As riquezas que possumimos, quer sejam materiais, intelectuais ou espirituais, não têm valor nenhum se não as soubermos partilhar.

segunda-feira, maio 09, 2005

AMAR

Há pessoas que não sabem o que é o Amor, há pessoas que não sabem do que o Amor é capaz, que não sabem o milagre que ele realiza dentro de nós.
Quando nos levantamos de manhã, quando nos deitamos à noite e podemos dizer: eu amo
Quando amamos, enriquecemos, mesmo que não sejamos amados.
Mas se somos amados e não amamos, não ganhamos nada, empobrecemos.
Não há vergonha nenhuma em dar mais do que receber.
Se me perguntarem o que é que eu prefiro, amar sem ser correspondida ou ser amada e não corresponder, eu vou responder a primeira hipótese: amar sem ser amada.
Porque só o facto de Amar, de dar amor, só isso é um estado supremo de Felicidade

domingo, maio 08, 2005

SER CRIANÇA

A liberdade de se ser criança acompanha-nos a vida inteira, mesmo quando somos adultos e até velhos. A alegria e a beleza de viver são factores da infância que ajudam a prolongar a vida. Quem sabe reconhecer a beleza da vida não envelhece. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz.

SABEDORIA

A sabedoria é a luz que brilha e ilumina as nossas vidas. E brilha mais quanto maior fôr a capacidade de meditação, o desejo de aperfeiçoamento, a infinita vontade de ser melhor.
Ninguém nasce sábio e a sabedoria vai sendo adquirida aos poucos, ao longo da vida, como pérolas à volta da nossa mente.
A mente que vive em liberdade, que busca a prefeição, que luta pelo amor e descansa em harmonia.